Comissão colhe assinaturas para aumentar participação da mulher nas eleições da OAB

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A mudança faz parte de todo processo democrático. É com esse sentimento que a Comissão Especial da Mulher Advogada, em nível nacional, está propondo normatizar a participação mínima de mulheres na composição das chapas para as eleições da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

O que a Comissão propõe é aplicar políticas afirmativas com o objetivo de acelerar o ritmo de acesso das mulheres às instâncias de representação e a verdadeira materialização da igualdade de gênero em seu sistema eleitoral.

A presidente da Comissão Especial da Mulher Advogada da Seccional de Roraima, Nathália Veras, explicou que a campanha antecipa duas propostas que serão votadas na próxima semana, no Conselho Federal da OAB, relacionadas ao tema.

“Não temos a ideia de segregar, mas de unir. Atualmente já somos 50% de advogadas em nível nacional e aqui em Roraima já ultrapassamos essa margem. É mais do que justo que a participação na política da Ordem seja condizente com os números relacionados à anuidade. Pagamos a metade da conta, então é justo termos parte significativa das cadeiras”, disse.

Com a finalidade de demonstrar o posicionamento favorável da classe, a Comissão nacional tomou a iniciativa de colher assinaturas em todas as seccionais. É importante frisar que o abaixo-assinado é uma campanha de apoio e que está aberto à adesão das advogadas, advogados e estagiárias e estagiários inscritos na Ordem.

Os interessados em assinar o documento de coleta de assinaturas podem procurar a sede da OAB/RR e nas salas da Ordem localizadas na Justiça do Trabalho e Fórum Advogado Sobral Pinto. O documento estará disponível até segunda-feira, 03, até as 11h.

“Aqui em Roraima, embora a Comissão Especial da Mulher Advogada seja composta exclusivamente por mulheres, isso não é uma regra. A Comissão está aberta à participação masculina, inclusive, porque mais que lutar pelas demandas das advogadas, defendemos os diretos das mulheres. O que queremos é a construção de uma advocacia e de um judiciário que compreenda essas demandas, atendendo às particularidades das mulheres. Não podemos defender essas questões, enquanto Ordem, e não adotá-las na nossa própria casa”, explicou.

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