Dirigentes da OAB falam em união na abertura do Colégio de Presidentes do Norte em Boa Vista
A solenidade aconteceu na noite de quinta-feira (2) e contou com a presença do presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia
Teve início na noite desta quinta-feira (2) a realização, pela primeira em Boa Vista, do Colégio de Presidentes de Seccionais da Região Norte da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Além dos dirigentes da OAB do Norte, a cerimônia de abertura do encontro contou com a presença do presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia, do diretor tesoureiro do Conselho Federal, Antônio Oneildo Ferreira, e do coordenador nacional do Colégio de Presidentes, Homero Mafra.
Na solenidade, o presidente da OAB Roraima, ao cumprimentar os visitantes, agradeceu inicialmente aos colegas do Norte pelo voto de confiança que foi dado à Seccional roraimense para a realização do Colégio em Boa Vista. E destacou que os temas discutidos no colegiado são importantes para o fortalecimento da advocacia e da cidadania.
“Todas as nossas ações, nosso trabalho, têm demonstrado a preocupação da advocacia com problemas de interesse não só da classe, como da sociedade. Hoje mesmo, nós visitamos uma unidade prisional, não só para apontar e denunciar problemas, mas principalmente, apontar soluções e cobrar que as ações necessárias para essa crise sejam realizadas de forma efetiva. Portanto, a OAB tem sido proativa na busca de soluções aos problemas que atingem toda a sociedade e a advocacia”, destacou.
O coordenador nacional do Colégio de Presidentes, Homero Mafra, ao fazer uso da palavra, reforçou esse posicionamento do Sistema OAB ao enfrentar questões de interesse da população brasileira, ressaltando a iniciativa da Ordem dos Advogados do Brasil no combate à tentativa de limitação da banda larga no país.
“E o processo judicial eletrônico será debatido aqui no nosso encontro. Um processo eletrônico concebido pela visão de técnicos sem que haja uma internet banda larga, o que é um absurdo. O processo eletrônico só será efetivo, servindo a população, quando for pensado com o viés dos homens e mulheres que fazem o direito, a advocacia e o Ministério Público”, completou.
O diretor tesoureiro do Conselho Federal, Antônio Oneildo, parabenizou a iniciativa da OAB em resgatar o formato de colégios regionais, que há muitos anos havia sido abandonado. “É um resgate histórico aqui e quero parabenizar o acerto na realização desse evento na Região Norte, que é geograficamente a metade do país, é geograficamente a região onde as maiores adversidades da advocacia são vivenciadas”, destacou.
Para ele, os estados do Norte possuem peculiaridades em suas demandas, pois enfrentam as maiores dificuldades “seja pela escassez orçamentária, seja pela dimensão de nossa região, seja pelas adversidades específicas que encontramos na região norte”.
“Portanto, esse diálogo amazônido vai fortalecer a nossa pauta, vai possibilitar uma intimidade maior, não só na diretoria do conselho federal, como na coordenação nacional do colégio de presidentes, que vai possibilitar um olhar especial, mas afetado às nossas demandas, para que estejamos unidos ao enfrentar essa construção de cada vez mais fortalecer a advocacia, que é um desafio de todos”.
O presidente Cláudio Lamachia, ao encerrar o evento, convocou a advocacia para estar, cada vez mais, unida e coesa para enfrentar os desafios que terá pela frente. “A OAB tem sido chamada como nunca a participar de grandes debates nacionais em um momento em que enfrentamos uma crise ética e moral, sem precedentes, neste país. E este é o papel da OAB porque temos como missão verbalizar o que pensa a sociedade brasileira porque nós somos, sim, a voz do cidadão brasileiro”, ressaltou.
Ele reforçou ainda que ao mesmo tempo a advocacia precisa se comunicar melhor com a sociedade. “O cidadão precisa compreender exatamente a defesa que a OAB faz, que é sempre em nome da sociedade. Se cobramos direitos humanos para os presos, estamos defendendo direitos humanos e segurança para a população”, explicou, reforçando que a a força da advocacia vem exatamente da união da classe.
“Em um somos todos e em todos somos um. Este tem de ser o lema da advocacia para que nós possamos sair, absolutamente, fortalecidos pelo que vem pela frente ainda para nos desafiar”, concluiu.